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O Desrespeito aos Grandes Artistas do Axé: Um Lamento pela História Esquecida

Nos anos 80, um movimento musical nasceu nas terras ensolaradas da Bahia e ecoou por todo o Brasil, levando consigo não apenas ritmos contagiantes, mas também a cultura vibrante e a energia contagiante do povo baiano. O Axé Music, com suas batidas pulsantes e letras envolventes, conquistou corações e mentes, tornando-se um dos pilares da identidade musical brasileira.

No entanto, é com tristeza que observamos como muitos dos grandes artistas que moldaram e impulsionaram esse movimento são hoje relegados ao esquecimento e à falta de reconhecimento. Esses ícones, que foram responsáveis por levar a música da Bahia para além das fronteiras do estado, são agora marginalizados e ignorados, como se sua contribuição para a cultura nacional fosse algo descartável.

É especialmente doloroso perceber que, em um evento tão significativo como o aniversário da cidade de Salvador, esses artistas não são lembrados nem convidados a participar das celebrações. Como é possível celebrar a história e a cultura de uma cidade sem reconhecer aqueles que foram seus verdadeiros embaixadores musicais?

Nomes como Sarajane, Luiz Caldas, Simone Moreno , Katia Guima , Marcia Freire , Gilmêlandia, bandas Gera Samba , Reflexus ,Ara Ketu entre tantos outros, são parte indissociável da história do Axé Music e da própria identidade cultural da Bahia. Suas músicas atravessaram gerações, suas performances incendiaram palcos e seus esforços foram fundamentais para colocar o Axé no mapa musical mundial.

No entanto, o que vemos hoje é uma falta de respeito e gratidão para com esses artistas. Muitos deles lutam para manter viva a chama do Axé, mesmo diante de um cenário que parece preferir ignorar sua importância. É um desrespeito não apenas à história da música brasileira, mas também à memória daqueles que dedicaram suas vidas a enaltecer as tradições e a cultura de seu povo.

Portanto, é hora de reconhecer e honrar os grandes artistas do Axé, não apenas nos aniversários das cidades ou em eventos especiais, mas em todos os momentos. Eles merecem nosso respeito, nossa admiração e nosso eterno agradecimento por terem dado voz e vida à alma da Bahia e do Brasil. Que não esqueçamos jamais o legado desses gigantes da música, e que sua arte continue a inspirar e emocionar gerações futuras.

Redação: Nilma Rigaud

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